Você se lembra exatamente onde estava no dia 30 de outubro de 2022? O país estava dividido, grudado na televisão, acompanhando a apuração mais apertada da nossa história. Enquanto uns comemoravam nas ruas, outros entravam em pânico com o futuro do seu dinheiro. Hoje, o meu objetivo é ir direto ao ponto e fazer uma análise econômica do governo Lula profunda, cobrindo os altos e baixos desses últimos anos e, principalmente, como isso afetou a sua carteira.

Não estamos aqui para discutir paixões políticas, mas sim números reais. Do aumento do Bolsa Família à histórica Reforma Tributária, passando pela disparada do dólar que assustou muita gente. Vamos entender a lógica por trás das decisões do Ministério da Fazenda e o que você pode aprender com a própria estratégia de investimentos do presidente para pagar menos impostos legalmente.

O Começo de Tudo: Gastos e a PEC da Transição

Logo no início de 2023, o tom do governo foi dado. Fernando Haddad, com apenas 48 horas no cargo, reverteu reduções de impostos deixadas pela gestão anterior. A prioridade era clara: aumentar a arrecadação para financiar a agenda social. O Bolsa Família foi turbinado, gerando um custo extra de R$ 14 bilhões por mês. Mas, como você sabe, não existe almoço grátis na economia.

Para viabilizar esses gastos, vimos a morte do “Teto de Gastos” e o nascimento do Arcabouço Fiscal. Essa nova regra permitiu que o governo aumentasse seus gastos acima da inflação. O resultado do primeiro ano completo (2023) foi um misto de dados positivos na macroeconomia real, mas preocupantes nas contas públicas, como mostro na tabela abaixo:

Indicador Econômico (2023) Resultado
Crescimento do PIB + 3,2%
Inflação (IPCA) 4,62% (Dentro da meta)
Desemprego 7,8% (Queda)
Ibovespa Alta de +20%
Resultado Fiscal (Déficit) – R$ 230 Bilhões

Apesar do PIB ter crescido e o desemprego caído, o governo gastou muito mais do que arrecadou. E quando a conta não fecha, a solução histórica no Brasil é quase sempre a mesma: aumentar a carga tributária.

2024 e 2025: A Escalada dos Impostos e o Dólar

Se o primeiro ano foi de ajuste, os anos seguintes consolidaram a estratégia de arrecadação. Tivemos o retorno de impostos sobre combustíveis e a polêmica “Taxa das Blusinhas”, que encareceu em cerca de 45% as compras internacionais, afetando diretamente o poder de compra da classe média. Em meio a essa análise econômica do governo Lula, é impossível ignorar a tensão entre o Planalto e o Banco Central.

Com a inflação voltando a pressionar — impulsionada por alimentos e um mercado de trabalho aquecido — e o dólar batendo recordes (chegando a ultrapassar R$ 6,00 em momentos de tensão), os juros voltaram a subir. Isso criou um cenário desafiador:

  • Juros Altos (Selic): Encarecem o crédito e travam o consumo, mas são necessários para segurar o dólar.
  • Inflação Persistente: Furou o teto da meta em 2024, obrigando o Banco Central a agir com rigor.
  • Tentativas de Monitoramento: Houve até o susto com a norma de monitorar transações via Pix, que felizmente foi revogada após pressão popular.

O Segredo de Investimento do Presidente (Que Você Deveria Copiar)

Aqui está o ponto mais interessante dessa história toda. Enquanto a população reclama do aumento de impostos — foram dezenas de elevações tributárias em sequência —, o próprio Lula utiliza uma estratégia inteligente para proteger seu patrimônio pessoal. Ao analisar a declaração de bens do presidente, nota-se que a grande maioria de seu capital está alocado em VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

Por que ele faz isso? Porque a Previdência Privada oferece vantagens tributárias que poucos outros investimentos possuem. Se você mantiver o dinheiro investido por mais de 10 anos na tabela regressiva, a alíquota de Imposto de Renda cai para apenas 10%, a menor possível em renda fixa. Além disso, não há “come-cotas” semestral e, em caso de falecimento, o dinheiro não entra em inventário, facilitando a sucessão.

Se você quer entender mais sobre se essa estratégia faz sentido para o seu momento de vida, recomendo que leia nosso artigo completo onde explicamos se a previdência privada vale a pena para o seu perfil de investidor.

Proteja-se e Diversifique

Fazendo uma análise econômica do governo Lula honesta, vemos um cenário de contrastes: desemprego baixo e bolsa em alta, mas convivemos com déficit fiscal e dólar volátil. Para o investidor, a lição é clara: não dependa da sorte ou do governo. Busque veículos de investimento que sejam eficientes fiscalmente, como os fundos de previdência (VGBL ou PGBL), e mantenha uma carteira diversificada.

O governo continuará buscando formas de arrecadar, seja tentando taxar LCIs e LCAs (como tentaram e falharam) ou aumentando alíquotas de consumo. Cabe a você, investidor consciente, blindar seu patrimônio. Se você quer seguir o exemplo de eficiência tributária, considere conhecer fundos de previdência com gestão profissional, como os baseados na metodologia ARCA, que buscam equilibrar risco e retorno no longo prazo.

O futuro econômico é construído com as decisões que tomamos hoje. E você, como está protegendo o seu capital nesses tempos de mudança?

Conhecido como O Primo Rico, é investidor, empresário e educador financeiro. Fundador da plataforma Grupo Primo e autor de livros, entre eles o best-seller “Do mil ao milhão: sem cortar o cafezinho”, tornou-se uma das vozes mais influentes da educação financeira no Brasil.