Cara, a pergunta que todo mundo quer saber é: como ficar rico na crise de 2025? E, mais especificamente, como ficar rico com Renda Fixa em meio a esse cenário? Essa é a resposta que eu vou te dar hoje.

Mas antes, a gente precisa se perguntar: que crise? Se você olhar os indicadores de relance, parece que está tudo incrível, não é?

  • Ibovespa: Batendo as máximas históricas.

  • Dólar: Não para de cair desde o começo do ano.

  • PIB: Voltou a crescer nos últimos trimestres.

  • Inflação: Tivemos a primeira deflação desde 2023, um sinal de que está sendo controlada.

  • Desemprego: Caindo de um pico de 14,8% para 5,8%.

Parece uma coisa boa pra caramba, não é? Mas eu vou te explicar a crise em 12 gráficos. E com esses 12 gráficos, você vai ter a clareza de tudo o que está acontecendo. Tá preparado pra isso? Vamos nessa.

A Crise Escondida em 12 Gráficos (A Verdade que Ninguém te Conta)

Apesar dos indicadores positivos na superfície, a estrutura da nossa economia está mostrando sinais de puro caos. E para entender a oportunidade, primeiro você precisa entender o problema.

1. A Década Perdida: Ainda Não nos Recuperamos de 2014

O primeiro gráfico que a gente precisa olhar é o do PIB per capita. Ele mostra a riqueza média por pessoa no Brasil. E a verdade é que ainda estamos mais pobres do que éramos há mais de uma década.

Ano PIB per capita (US$)
2011 (Pico) US$ 13.396
2014 (Crise) US$ 8.836
2024 US$ 10.280

Fonte: World Bank Group

Basicamente, a gente não se recuperou da última grande crise ainda.

2. A Conta Que Não Fecha: O Estado Gasta Mais do Que Ganha

Desde 2014, o Estado brasileiro gasta sistematicamente mais do que arrecada. O “Resultado Primário” (quanto o governo gastou sem contar os juros da dívida) tem sido negativo ano após ano.

Isso nos leva ao resultado óbvio: uma dívida insustentável.

3. O Resultado: Uma Dívida Pública de R$ 7,9 Trilhões

Essa gastança toda gerou uma Dívida Pública Federal que já bateu R$ 7,9 trilhões. É muito dinheiro. Para você ter uma ideia do que essa grana representa, o Brasil poderia:

Com a Dívida Pública Federal, o Brasil Poderia…
Lançar cerca de 20.300 foguetes Falcon9 (SpaceX)
Comprar 790 milhões de iPhones 15 (quase 4 para cada brasileiro)
Erguer 39.500 hospitais novos (quase 20 vezes o número de hospitais existentes no país)

Fonte: Tesouro Nacional

4. A “Solução” do Governo: Mais Gastos e Mais Impostos

Para resolver uma dívida, só existem duas formas: gastar menos ou arrecadar mais. E como vimos, o governo não para de gastar dinheiro. O gráfico de gastos primários é uma escada que só sobe.

Se a gente não para de gastar dinheiro, o governo foi para o lado da arrecadação. E a arrecadação de 2024 foi a maior da história, com R$ 2,709 trilhões. Mas como? Criando 1 imposto a cada 37 dias. É muita coisa!

5. O Ciclo Vicioso: Inflação e Juros nas Alturas

Mesmo com arrecadação recorde, o problema não foi resolvido. O governo continua com um déficit de -R$ 341,693 bilhões desde 2023 (sem contar os juros da dívida).

E se tem muito gasto na economia, o que acontece com a inflação? SOBE!

Ainda estamos com a inflação acima da meta. A projeção do Focus está em 4,85%, acima do teto de 4,5%. E para controlar a inflação, precisamos subir a taxa de juros. O resultado? Estamos com a maior Selic em 20 anos e com o segundo maior juros real do mundo (7,9%), perdendo apenas para a Rússia, que está em guerra!

A Oportunidade de Uma Geração na Renda Fixa

É aqui que o jogo vira. Em grandes CRISES surgem grandes OPORTUNIDADES. E nas últimas grandes crises, alguns ativos de renda fixa entregaram resultados AVASSALADORES com um risco baixíssimo.

A fórmula é sempre a mesma:

  1. A taxa de juros (Selic) sobe para conter a crise e a inflação.

  2. As taxas dos títulos de Renda Fixa (como o Tesouro IPCA+) sobem junto.

  3. O preço desses títulos para quem já os tem na carteira fica de lado ou até cai um pouco (é a “marcação a mercado”). É aqui que você compra!

  4. A economia se acalma, e a taxa de juros (Selic) começa a cair.

  5. As taxas dos títulos de Renda Fixa também caem.

  6. O PREÇO DOS TÍTULOS QUE VOCÊ COMPROU NO PICO DA TAXA SOBE! E sobe muito!

Veja o que aconteceu entre 2013 e 2019:

Enquanto a taxa subia, o preço do título ficou de lado (+2,59%). Mas quando a taxa começou a cair, o preço do título subiu +106,6%.

O Segredo é Agir ANTES da Queda dos Juros

O problema é que o preço dos títulos de Renda Fixa não sobe quando a Selic cai. Eles sobem ANTES.

O mercado antecipa o movimento. No exemplo anterior, o preço do Tesouro IPCA+ 2031 começou a subir forte em meados de 2015, mas a Selic só começou a cair no final de 2016. Quem esperou a Selic cair perdeu a maior parte da alta.

Ou seja, o momento de agir é AGORA!

Onde Está a Maior Oportunidade?

Dentre tantos títulos, qual comprar? Na minha opinião, a maior oportunidade está aqui:

O Tesouro Renda+ 2065 e outros títulos longos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+) estão pagando taxas altíssimas, como IPCA + 7,19% ao ano. Isso é um retorno real gigantesco e uma oportunidade rara.

Cuidado: Isso Não é Para Amadores

Agora, um aviso importante: a volatilidade do Renda+ e de outros títulos longos é maior que a do próprio Bitcoin. O desvio padrão diário do Renda+ 2065 é de 3,06%, enquanto o do Bitcoin é de 2,86%.

Ter somente Renda+ ou Bitcoin na carteira seria loucura! É por isso que você precisa ter uma carteira completa e diversificada.

Não estou recomendando que você faça exatamente o que eu faço, mas estou te mostrando a lógica por trás das minhas decisões. Eu estou alocando uma parte da minha carteira nesses títulos para capturar essa oportunidade histórica.

Enquanto o investidor brasileiro está com medo e resgatando seu dinheiro dos fundos de investimento, os gringos estão comprando o Brasil. Historicamente, quem você acha que acerta mais?

O cenário é de puro caos, mas é nesse momento que as maiores fortunas são construídas. O tempo está se esgotando. Esteja preparado.

Conhecido como O Primo Rico, é investidor, empresário e educador financeiro. Fundador da plataforma Grupo Primo e autor de livros, entre eles o best-seller “Do mil ao milhão: sem cortar o cafezinho”, tornou-se uma das vozes mais influentes da educação financeira no Brasil.